É um concelho sem muito a destacar, sendo que o seu ponto forte – e quase único – são os apontamentos de natureza. Encontramo-nos na fronteira sul da região serrana da Lousã, fértil em aldeias de xisto e praias fluviais com piscinas construídas nos fluxos de rios. A primeira é um espaço bonito, convidativo a uns banhos de sol, mas com o inconveniente de estar mesmo junto a um cruzamento. Cerca de cinco quilómetros a leste, encontramos outros dos pontos de interesse de concelho. Primeiro, um miradouro que permite ver as Fragas de São Simão, uma garganta por onde passa um curso de água, e, ainda, o Casal de São Simão, a única aldeia de xisto do concelho.
As fragas são um espaço aprazível, refrescante e belo por onde passa um riacho e onde se pode fazer banho e desfrutar do contacto relaxante com a natureza. O Casal é uma pequena aldeia meritória pelo esforço que fez pela manutenção da sua traça original em xisto. É das Aldeias de Xisto que conhecemos uma das mais bem conservadas. Recentemente, foi aí inaugurada uma loja da rede de Aldeias de Xisto e um restaurante com pratos típicos da região, chamado Varanda do Casal. Pelo que vimos, será um dos poucos a apresentar pratos tradicionais. Como não os experimentámos, não podemos indicar se a cozinha do restaurante se recomenda.
A sul, há ainda a foz de Alge, que é uma ribeira que desagua no Zêzere. No ponto onde os dois cursos de água se entrelaçam podemos desfrutar da frescura do espaço, e depois atravessar a ribeira e, após deixar o parque da campismo para trás, apreciar o Zêzere em todo o seu esplendor seguindo pela estrada alcatroada que o acompanha durante alguns quilómetros.
Na sede do concelho, destaca-se o pão-de-ló típico, a torre Comarcã ou da Cadeia (uma torre no centro da vila que actualmente é um miradouro) e o “casulo” de José Malhoa, um atelier onde o grande pintor português viveu e trabalhou, agora alvo de obras de recuperação.